O texto Átomo de Rutherford mostrou que, segundo os estudos desse cientista, um modelo atômico que explicaria as propriedades da matéria seria que o átomo é composto de um pequeno núcleo positivo (constituído por prótons e nêutrons) onde está inserida a massa praticamente total do átomo, envolta de uma região denominada eletrosfera onde os elétrons ficam girando. Show No entanto, o modelo atômico de Rutherford possuía alguns erros. Por exemplo, o elétron possui carga negativa, portanto, se ele girasse ao redor do núcleo, que é positivo, ele iria perder energia na forma de radiação, com isso, suas órbitas iriam diminuir gradativamente e os elétrons iriam adquirir um movimento espiralado, acabando por se chocar com o núcleo. Mas isso não ocorre na prática. Por isso, em 1913, o cientista Niels Bohr (1885-1962) propôs um modelo que se baseou no modelo de Rutherford, apenas aprimorando-o, por isso ele passou a ser chamado de modelo atômico de Rutherford-Bohr. Bohr se baseou também na teoria quântica da energia de Max Planck e nos espectros de linhas dos elementos para criar os seguintes princípios fundamentais:
Esse último postulado explica porque os fogos de artifício emitem cores diferentes. Cada sal presente nos fogos de artifício possui um cátion de elementos químicos diferentes. Quando são aquecidos, os elétrons desses elementos saltam de nível de energia, mas quando voltam para o nível original, eles emitem a energia que foi absorvida na forma visível. Cada cor corresponde a uma quantidade de energia característica. Por exemplo, se usarmos um sal de cobre veremos a cor azul, já se usarmos um sal de bário, a cor emitida será a verde e assim por diante. Outras cores podem ser vistas no texto Química dos Fogos de Artifício. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Os níveis de energia para os átomos dos elementos conhecidos são no máximo 7 e são representados pelas letras K, L, M, N, O, P, e Q. * Crédito da imagem: Antonio Abrignani e Shutterstock.com. Bora lá! Primeiro vamos fazer uma breve revisão do que que o Rutherford descobriu no experimento dele! Ele colocou um feixe emitindo partícula alfa numa lâmina de ouro e ele viu que nem toda radiação chegava do outro lado porque algumas eram refletida ou espalhadas. Com isso, ele concluiu que:
Beleza, mas qual é a falha então? Vamos ver agora o que a teoria do eletromagnetismo diz! Ela diz que toda partícula carregada submetida a aceleração dará origem a uma onda eletromagnética. No modelo de Rutheford o elétron está em movimento ao redor do núcleo, certo? Pra isso, ele teria que estar submetido a uma aceleração centrípeta, para que mantenha sua velocidade constante em orbita. Esta aceleração resultaria na emissão de energia na forma de ondas eletromagnéticas. Essas ondas além de não serem percebidas, resultariam numa perda de energia mecânica por parte do eletron, o fazendo com que ele “caísse” em direção ao núcleo. Para que a teoria do eletromagnetismo seja respeitada no modelo atômico de Rutherford, o movimento orbital dos elétrons deveria resultar na emissão de ondas eletromagnéticas, levando a um decaimento do eletron em direção ao núcleo. No ano de 1911, o cientista neozelandês Ernest Rutherford apresentou à comunidade científica o seu modelo atômico. O modelo de Rutherford, também chamado de modelo do sistema solar, foi o terceiro na história da Atomística (sendo os dois primeiros o modelo de Dalton e o modelo de Thomson) e foi considerado o modelo que estimulou toda a evolução do conhecimento sobre o constituidor da matéria, o átomo. A construção do modelo de Rutherford iniciou-se a partir do estudo das propriedades dos raios X e das emissões radioativas, culminando na utilização de radiação sobre um artefato inerte, isto é, que não reage facilmente. Experimento realizado por Rutherford O experimento realizado por Rutherford possuía a seguinte aparelhagem e organização:
Resultados do experimento de Rutherford
Interpretações dos resultados do experimento de Rutherford
Características do modelo atômico de Rutherford
Após as observações realizadas por Rutherford, ele formulou o seu modelo atômico, que apresentava as seguintes características: a) Núcleo (que foi comparado ao sol no sistema solar) Uma região central do átomo que apresenta:
b) Eletrosferas (que foram comparadas às órbitas descritas pelos planetas no sistema solar) Regiões do átomo que apresentam:
Qual falha da teoria Rutherford?FALHAS DO MODELO DE RUTHERFORD
O modelo proposto por Rutherford também não explicava a estabilidade do átomo uma vez que, de acordo com a eletrodinâmica clássica, particulas carregadas em movimento emitem radiação e, portanto, o elétron deveria colapsar no núcleo.
O que o modelo atómico de Rutherford não conseguiu explicar?Embora tenha explicado questões importantes da composição do átomo, o modelo de Rutherford não conseguia explicar porque o elétron não perde energia e “colide” com o núcleo ao se movimentar em órbita do mesmo, uma vez que na Física a atração de cargas elétricas de sinais opostos já era conhecida.
Porque o modelo de Rutherford foi refutado?O modelo atômico de Rutherford ofereceu uma grande contribuição para os estudos da física e da química. Contudo, tal modelo possui falhas quando observada a teoria do eletromagnetismo. De acordo com essa teoria, todas as partículas, quando são submetidas a uma aceleração, emitem uma onda eletromagnética.
Quais as falhas de cada modelo atômico?Algumas das falhas apresentadas em seu modelo são, novamente, a ausência do núcleo, dos orbitais e níveis de energia, os elétrons sem energia quantizada e a falta de explicação sobre a estabilidade eletrostática do átomo, já que muitas partículas negativas próximas umas das outras deveria causar uma repulsão.
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