Quando o banco não pode dar busca e apreensão 2022?

O que acontece com um veículo com busca e apreensão?

A situação de busca e apreensão de veículo é uma daquelas que ninguém quer passar, mas é sempre bom saber o que é. Trata-se de uma possibilidade que ocorre quando uma ou mais parcelas do financiamento do automóvel ou da motocicleta ou do veículo de qualquer outra categoria não são pagas. 

Segundo o artigo 3º do Decreto-Lei nº911/1969, o credor pode requerer a busca e a apreensão do bem alienado fiduciariamente. O teto diz: que:

“O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2o do art. 2o, ou o inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em plantão judiciário”.

Quando o credor requer o veículo como garantia no contrato de financiamento, esta ação apenas é concedida liminarmente e pode ser apreciado em plantão judiciário, de modo que o fiduciário deve comprovar a mora. Caso contrário, não será permitida a apreensão do veículo em questão.

Antes que o veículo seja apreendido, é necessário que uma carta chegue à correspondência do devedor, de modo a informa-lo sobre o atraso no pagamento acordado e as potenciais consequências dessa situação.

Uma dica: caso você esteja nesta situação, o ideal é entrar em contato com o credor assim que o aviso (que chega por correspondência) for recebido em sua residência. Caso o credor não obtenha uma resposta sua, a financiadora poderá recorrer judicialmente.

O que é alienação fiduciária? 

Alienação fiduciária significa “transferir algo com confiança”. Traduzindo, isso quer dizer que o devedor transfere o bem ao credor, de forma com que os dois definam que o bem é a garantia de pagamento da dívida. 

Pode-se fazer a alienação de bens móveis, como um carro, como de imóveis. E, a garantia de pagamento é o próprio bem a ser adquirido pelo devedor.

O que é um veículo com alienação fiduciária? 

É um pouco confuso entender o que é a alienação fiduciária de um veículo. Vamos ver com mais detalhes? Dê uma olhada no exemplo abaixo.

Vamos supor que você, amigo motorista, decida comprar um automóvel, mas não tem dinheiro suficiente para pagar seu valor integral. Será preciso recorrer a uma instituição financeira — um banco, normalmente.

Lá, você solicitará uma espécie de empréstimo, que é o financiamento.

Digamos que você deseje comprar um carro que custa R$ 60.000,00, tenha R$ 20.000,00 guardados e precise financiar o restante do valor. Você irá ao banco e dirá que deseja financiar os R$ 40.000,00.

Nesse momento, serão pedidos documentos, incluindo aqueles que comprovem que a sua renda corresponde à operação, que você tem condições de arcar com as parcelas do financiamento.

Se for o caso de aprovarem o seu financiamento, o valor será pago à concessionária pelo banco e a sua dívida passará a ser junto ao banco. Essa dívida poderá ser parcelada da maneira que for conveniente para você, considerando as possibilidades oferecidas pela instituição financeira.

Dessa forma, o banco — chamado de credor, ou seja, que concede o crédito — é o proprietário do veículo.

Após cumprir todas as condições do contrato firmado, você, que adquiriu o veículo — também chamada de devedora ou alienante —, terá sua propriedade definitiva.

A principal lei que regulamenta a alienação fiduciária é o Decreto-Lei nº 911 de 1969, que sofreu alterações ao longo dos anos para manter-se atualizado quanto às necessidades do mercado.

Segundo seu art. 1º, nessa operação, você terá a posse direta e o banco, a posse indireta do automóvel.

Muitas revendedoras de veículos solicitam esse financiamento como garantia de que o bem será quitado.

Quando acontece a busca e apreensão do veículo?

A situação de busca e apreensão ocorre quando há atraso na parcela acordada para que ocorra o financiamento.

Importante: não há um prazo mínimo. Se você atrasar uma parcela, é possível que o credor solicite a busca e apreensão do veículo. Isso varia de credor para credor.

Por exemplo, é normal que o mercado pratique o prazo de 90 dias – ou seja, três (3) parcelas em aberto – para entrar com o pedido de busca e apreensão. Afinal, este período em dívida pode indicar eu dificilmente o valor poderá ser pago pelo devedor.

Quando o banco não pode dar busca e apreensão 2022?
Evite ter dor de cabeça

Quanto tempo dura um mandado de busca e apreensão de veículo? 

O prazo para pagamento da dívida é de cinco (5) dias contados a partir do cumprimento do mandado de busca e apreensão. Normalmente, esta dívida é paga de forma integral e em parcela única – que costuma ser a forma solicitada pelo credor no documento.

Atente-se: você tem um prazo de quinze (15) dias para apresentar a defesa.

Após os dois prazos aqui elencados, sem defesa e nem o pagamento da vívida, assume-se como verdadeiros todos os fatos que o credor alegou na ação.

Como se defender de uma ação de busca e apreensão? 

Imprevistos acontecem na vida de qualquer um, não é mesmo? Caso você enfrente uma situação de busca e apreensão de veículo, o primeiro passo é entrar em contato com a instituição financeira (geralmente, ela é um banco) para tentar negociar um acordo. 

Lembre-se: mostrar disposição para resolver o problema é sempre mais eficaz do que fugir ou ignorar a situação desconfortável.

Caso você e o banco não cheguem a um acordo, é aconselhável a busca por um advogado especializado para que ele possa verificar se houve alguma irregularidade na apreensão do veículo. Dica: tenha sempre em mãos e esteja ciente sobre o que está acordado no contrato firmado com o credor.

Você pode entrar com uma ação judicial solicitando revisão do contrato e, caso haja alguma irregularidade, pedir a devolução do seu veículo. Mas primeiramente, é necessária a análise minuciosa de um advogado confiável.

Se a sentença for favorável a você, amigo motorista, a instituição financeira será obrigada a devolver o seu veículo ou, ainda, no caso de impossibilidade, ela deve indenizar você (que é o consumidor).

Vale ressaltar que além da apreensão do veículo, cabe ao oficial de justiça citar o devedor, entregando a ele uma cópia da petição inicial e do mandado. Após o recebimento do mandado, o cidadão pode optar por pagar a dívida, defender-se da ação ou ainda pagar a dívida e também defender-se da ação. 

Quando não pode dar busca e apreensão?

A busca e apreensão não pode acontecer se você estiver com as parcelas pagas em dia, bem como se estiver seguindo tudo aquilo que está determinado no contrato.

Vale a pena ressaltar que as principais razões para busca e apreensão do veículo são atraso no financiamento do automóvel, inadimplência, violação de contrato e garantia (quando você usa o veículo como garantia para outro empréstimo).

Qual o prazo para busca e apreensão?

Então, basta que haja o atraso no pagamento de alguma parcela para que isso seja pedido. Não é necessário que esse atraso seja superior a 30, 60, 90 dias; que tenha mais de uma parcela em aberto. Havendo uma, com um único dia de atraso, poderá resultar na busca e apreensão.

Estou com 3 parcelas em atraso?

Entrar na justiça no prazo de 15 dias. Uma segunda opção é entrar na justiça apontando o motivo do atraso. Após tomar conhecimento do processo de busca e apreensão do veículo, deve-se apresentar em até 15 dias uma defesa judicial contra a instituição financiadora, alegando o motivo que te fez atrasar as prestações.