Home / Training / Manuals / Colposcopia e tratamento da neoplasia intra-epitelial cervical: Manual para principiantes / Cap�tulo 1: Introdu��o � anatomia do colo uterino Show
Colposcopia e tratamento da neoplasia intra-epitelial cervical: Manual para principiantes, J.W. Sellors & R. Sankaranarayanan Filter by language: English / Fran�ais / Espa�ol / Portugues / 中文
Uma compreens�o minuciosa da anatomia e fisiologia do colo uterino � essencial para uma pr�tica colposc�pica eficaz. Este cap�tulo trata da anatomia macrosc�pica e microsc�pica do colo uterino e da fisiologia da zona de transforma��o. O colo uterino � a por��o fibromuscular inferior do �tero. � de formato cil�ndrico ou c�nico e mede 3 cm a 4 cm de comprimento e 2,5 cm de di�metro. � sustentado pelos ligamentos cardinais e uterossacrais, que se estendem entre as por��es laterais e
posteriores do colo uterino e as paredes da pelve �ssea. A metade inferior do colo uterino, denominada de por��o vaginal, se projeta na parede anterior da vagina e a metade superiro permanece acima da vagina (figura 1.1). A por��o vaginal se abre na vagina atrav�s de um orif�cio denominado de orif�cio cervical externo. Epit�lio escamoso estratificado n�o-queratinizadoNormalmente, uma �rea grande da ectoc�rvix est� recoberta por um epit�lio escamoso estratificado n�o-queratinizado que cont�m glicog�nio. � opaco, tem m�ltiplas (15-20) camadas de c�lulas (figura 1.2) e de colora��o rosa p�lida. Este epit�lio � nativo ao local formado durante a vida embrion�ria, que � denominado de epit�lio escamoso original ou nativo, ou pode ter sido rec�m-formado como epit�lio escamoso metapl�sico no in�cio da vida de adulta. Nas mulheres na pr�-menopausa, o
epit�lio escamoso original � de colora��o r�sea, enquanto que o epit�lio escamoso metapl�sico rec�m-formado tem um aspecto branco-r�seo ao exame visual. Epit�lio colunarO canal endocervical � recoberto pelo epit�lio colunar (�s vezes, denominado de epit�lio glandular). � composto por uma �nica camada de c�lulas altas com n�cleos de colora��o escura, pr�xima � membrana basal (figura 1.3). Por ter uma s� camada de c�lulas, tem uma altura menor que o epit�lio escamoso estratificado do colo uterino. No exame visual, tem colora��o avermelhada porque a camada fina de c�lulas �nicas permite ver mais facilmente a colora��o dos vasos subjacentes no estroma.
No seu limite distal ou superior, funde-se com o epit�lio do endom�trio na parte inferior do corpo uterino. No limite proximal ou inferior, encontra-se com o epit�lio escamoso na jun��o escamocolunar. Recobre uma extens�o vari�vel da ectoc�rvix, dependendo da idade, estado reprodutivo, hormonal e de menopausa da mulher. Jun��o escamocolunarA jun��o escamocolunar (figuras 1.6 e 1.7) apresenta-se como uma linha bem definida com um degrau, devido � diferen�a de altura dos epit�lios escamoso e colunar. A localiza��o da jun��o escamocolunar com rela��o ao orif�cio cervical externo � vari�vel durante a vida da mulher e depende de fatores como idade, estado hormonal, trauma ao nascimento, uso de anticoncepcionais orais e certas condi��es fisiol�gicas como gravidez (figuras 1.6 e 1.7). Ectr�pio ou ectopiaDefine-se ectr�pio ou ectopia como a presen�a de epit�lio colunar endocervical evertido na ectoc�rvix. Apresenta-se como uma grande �rea avermelhada na ectoc�rvix ao redor do orif�cio cervical externo (figuras 1.7b e 1.8a). A evers�o do epit�lio colunar � mais pronunciada nos l�bios anterior e posterior da ectoc�rvix e menos nos l�bios laterais. Esta � uma ocorr�ncia fisiol�gica normal na vida da mulher. �s vezes, o epit�lio colunar se estende at� o fundo de saco vaginal. Toda a mucosa, inclusive as criptas e o estroma de sustenta��o, s�o deslocados no ectr�pio. � a regi�o em que ocorre a transforma��o fisiol�gica � metaplasia escamosa, assim como a transforma��o anormal na carcinog�nese cervical. Metaplasia escamosaA substitui��o fisiol�gica do epit�lio colunar evertido por um epit�lio escamoso rec�m-formado � denominada de metaplasia escamosa. O meio vaginal � �cido durante os anos reprodutivos e gravidez. Acredita-se que a acidez desempenha uma fun��o na metaplasia escamosa. Quando as c�lulas s�o repetidamente destru�das pela acidez vaginal no epit�lio colunar em uma �rea de ectr�pio, com o tempo elas s�o substitu�das por um epit�lio metapl�sico rec�m-formado. A irrita��o do epit�lio colunar
exposto ao meio vaginal �cido leva ao surgimento de c�lulas subcolunares de reserva . Essas c�lulas proliferam, produzindo uma hiperplasia de c�lulas de reserva e com o tempo formam o epit�lio escamoso metapl�sico. Zona de transforma��oA regi�o do colo uterino onde o epit�lio colunar foi e/ou est� sendo substitu�do pelo novo epit�lio escamoso metapl�sico � denominada de zona de transforma��o. Corresponde � �rea do colo uterino unida pela jun��o escamocolunar original na extremidade distal e, na extremidade proximal, pela maior dist�ncia de alcance da metaplasia escamosa como definido pela nova jun��o escamocolunar (figuras 1.7, 1.13 e 1.14). Nas mulheres na pr�-menopausa, a zona de transforma��o est� totalmente
localizada na ectoc�rvix. Depois da menopausa e com o avan�o da idade, o colo uterino reduz-se de tamanho em decorr�ncia da diminui��o do estr�geno. Assim, a zona de transforma��o pode mudar de posi��o em parte e, posteriormente, por completo no canal cervical. Zona de transforma��o cong�nitaNo in�cio da vida embrion�ria, o epit�lio cub�ide do tubo vaginal � substitu�do por epit�lio escamoso, que se inicia na extremidade caudal do seio urogenital dorsal. Este processo � completado bem antes do nascimento e toda a extens�o da vagina e da ectoc�rvix devem ser recobertas pelo epit�lio escamoso. Este processo prossegue muito rapidamente ao longo das paredes laterais e, posteriormente, pelas paredes vaginais anterior e posterior. Se a epiteliza��o prossegue normalmente, a
jun��o escamocolunar original ficar� localizada no orif�cio cervical externo ao nascimento. Do contr�rio, se por algum motivo este processo � interrompido ou fica incompleto, a jun��o escamocolunar original ficar� localizada distalmente ao orif�cio cervical externo ou, raras vezes, pode ficar localizada nas paredes vaginais e envolver sobretudo os fundos de sacos anterior e posterior. O epit�lio cub�ide restante nesta �rea sofre metaplasia escamosa. Esta convers�o tardia a epit�lio escamoso nas
paredes vaginais anterior e posterior, assim como na ectoc�rvix, resulta na forma��o da zona de transforma��o cong�nita. Portanto, � uma variante da metaplasia escamosa intra-uterina, na qual a diferencia��o do epit�lio escamoso n�o � completa devido a uma interfer�ncia na matura��o normal. Na superf�cie ocorre a matura��o excessiva (como evidenciada pela queratiniza��o) e, nas camadas mais profundas � vista uma matura��o retardada e incompleta. Do ponto de vista cl�nico, pode-se ver uma �rea
hiperquerat�tica extensa e cinza-esbranqui�ada que se estende dos l�bios anteriores e posteriores do colo uterino aos fundos de sacos vaginais. A matura��o gradual do epit�lio pode ocorrer ao longo de v�rios anos. Este tipo de zona de transforma��o � vista em menos a 5% das mulheres e � uma variante da zona de transforma��o normal. O que significa zona de transformação sim no papanicolau?A zona de transformação, ou seja, o local que sofreu metaplasia escamosa, tem grande importância na realização do Papanicolau, pois é este o sítio onde o vírus HPV costuma se fixar, tornando-se, portanto, uma área extremamente susceptível ao aparecimento de tumores malignos.
Quando devo me preocupar com o resultado do preventivo?Os achados do seu preventivo sao normais, salvo os bacilos supra citoplasmaticos. Porem, devera ser tratado apenas se houver queixa de corrimento (secrecao vaginal alterada) ou achado anormal no exame clinico do seu medico. Importante procurar seu ginecologista para maiores esclarecimentos.
O que é zona de transformação no colo do útero?Zona de transformação
Corresponde à área do colo uterino unida pela junção escamocolunar original na extremidade distal e, na extremidade proximal, pela maior distância de alcance da metaplasia escamosa como definido pela nova junção escamocolunar (figuras 1.7, 1.13 e 1.14).
Como saber se o exame preventivo está normal?Os resultados do exame de Papanicolau são liberados pelo laboratório de acordo com as características das células observadas no microscópio, podendo ser:. Classe I: o colo do útero está normal e saudável;. Classe II: presença de alterações benignas nas células, que normalmente são causadas por inflamação vaginal;. |