Por que o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil?

Em 1930, buscando eliminar o atraso na economia que assolava o Brasil, Getúlio Vargas decidiu começar o processo de industrialização, investindo principalmente nas indústrias de base a fim de atrair outros polos econômicos para o Brasil.

Sendo assim, o lugar mais apropriado para a realização de tal objetivo sem dúvidas era a região sudeste, visto que era a região que apresentava o maior nível de urbanização e a melhor infraestrutura, com ferrovias que ligavam o estado de São Paulo a diversas regiões do Brasil graças à economia cafeeira, que promoveu tal desenvolvimento à região.

O Brasil adentrou o século XX ainda com uma economia baseada na monocultura de exportação, só que dessa vez com um produto diferente: o café. Veja nesta aula de História como o ciclo do café alterou o regime de trabalho brasileiro e impulsionou a urbanização! 

Depois do pau-brasil, daçúcar e do ouro, o café tomou a liderança das exportações no Brasil. Durante o período conhecido como ciclo do café, o regime de trabalho no país foi alterado, a composição da população brasileira passou por transformações e o início de um desenvolvimento industrial e urbano se tornou possível. Acompanhe a aula para saber como tudo isso aconteceu.  

Como foi o ciclo do café no Brasil

A história do café no Brasil teve início no século XVIII, quando um oficial português trouxe uma muda da planta para cá. Os cafezais começaram a ser plantados para consumo interno nos arredores do Rio de Janeiro e rapidamente tomaram a região do vale do rio Paraíba do Sul (área próxima ao litoral norte do atual estado de São Paulo e do sul do Rio de Janeiro), onde a produção começou a se destinar para a exportação. 

No início do Segundo Reinado, o café já era o principal produto de exportação do país. Por volta de 1880, o Brasil se tornou o maior produtor mundial do grão  posição que ocupa até hoje. 

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Esse crescimento rápido foi possível graças à grande demanda pela bebida na Europa. Devemos lembrar que no século XVIII estava em curso a Revolução Industrial, e os operários consumiam a bebida energética para ajudar a aguentar a longa jornada de trabalho.

Além disso, os cafés públicos faziam sucesso em países como França e Inglaterra, onde a população se encontrava para conversar, se informar e debater assuntos como política, economia e ciência.

Mão-de-obra na produção de café

Voltando para o Brasil, o café era produzido, inicialmente, em um sistema semelhante aos engenhos de açúcar no Nordeste. A riqueza do café do Vale do Paraíba era cultiva e colhida por negras e negros escravizados.

Além disso, eram eles os responsáveis pelo transporte da colheita. Os escravos conduziam carros de bois com os grãos de café até os portos do Rio de Janeiro e de Santos, de onde partiam para o exterior. 

Por que o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil?
Imagem 1: Trabalhadores recolhendo grãos de café deixados ao ar livre para secar. O Terreiro, Antonio Ferrigno, 1903. Fonte: https://bit.ly/2P8aXRt

O declínio do ciclo do café no Vale do Paraíba

Apesar de a produção de café ter enriquecido fazendeiros, o negócio não prosperou por muito tempo na região do Vale do Paraíba. As técnicas agrícolas utilizadas eram muito rudimentares, como a queima do solo antes da plantação. Sem o tratamento adequado, o solo foi ficando cada vez mais empobrecido e improdutivo.

Por isso, matas eram constantemente derrubadas para iniciar novas plantações, o que acabou causando um desmatamento em larga escala e o esgotamento do solo. 

Somando-se a isso, os proprietários das fazendas não pensavam em diversificar seus investimentos. Ainda ligados a uma mentalidade tradicionalista e colonial, gastavam seus lucros com artigos de luxo e com a compra de escravos. Dessa forma, por volta da década de 1870, a produção de café no Vale do Paraíba começou a declinar. 

A economia cafeeira no oeste paulista

Enquanto os cafezais entravam em decadência no Vale do Paraíba, a produção se deslocava para o oeste paulista em direção a cidades como Campinas, Jundiaí, São José do Rio Preto e São Carlos. A região era propícia para o cultivo por ter terra roxa, um tipo de solo bastante fértil. Mais tarde, o café também foi produzido em menor escala nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.  

Por que o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil?
Imagem 2: O avanço do café nos séculos XIX e XX.

A expansão para o oeste coincidiu com uma série de medidas abolicionistas, como a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico negreiro. Por isso, os latifundiários precisavam encontrar uma alternativa para a mão de obra em suas fazendas.

A solução escolhida foi o emprego de imigrantes assalariados – embora escravos ainda fossem empregados em menor proporção. Durante o Segundo Reinado e o início da república, várias medidas foram tomadas para incentivar a imigração para o Brasil. Assim, o cenário agrícola do oeste paulista com trabalhadores estrangeiros assalariados contrastava com o antigo Vale escravista. 

Quem eram os barões do café

O novo sistema de produção se provou bem-sucedido, tanto que o império passou a conceder títulos de nobreza para os cafeicultores. Dessa forma surgiram os famosos barões do café.

Barão de Mauá

O mais famoso deles era Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido como o barão de Mauá. Ele se destacou por se tornar um dos maiores empreendedores da época, tendo investido em construção de estradas de ferro, instalação de linhas de telégrafo, companhias de bonde, navegação, iluminação urbana e fundição.  

Sua atuação foi tão simbólica do fenômeno da diversificação de investimentos dos fazendeiros que as primeiras décadas da segunda metade do século XIX ficaram conhecidas como “Era Mauá”.

No entanto, na década de 1860 o império revogou medidas protecionistas que haviam beneficiado industrialistas como Mauá. Sem o apoio do governo, o surto de industrialização chegou ao fim e o barão não conseguiu manter os seus negócios. 

Construção de estradas de ferro

Com as riquezas provenientes da nova fase do ciclo do café, ocorreram várias iniciativas de modernização da região produtora, como a instalação de linhas de telégrafo e a construção de estradas de ferro para escoar as sacas de café. Além dos financiamentos dos cafeicultores, as ferrovias eram produto investimentos do Império e contavam com auxílio de empréstimos da Inglaterra. 

O primeiro trecho foi construído em 1854 no Rio de Janeiro e tinha apenas 14 km. Era a ferrovia Mauá-Fragoso, iniciativa do Barão de Mauá. A partir de então, a malha ferroviária foi se expandindo. Estima-se que no início da república já havia 10 mil quilômetros de estradas de ferro no Brasil.

Se lembrarmos que a indústria estava se desenvolvendo a todo o vapor na Europa, nada fazia mais sentido do que modernizar nosso sistema de transporte. 

Por que o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil?
Imagem 3: Lançamento da pedra fundamental da Estrada de Ferro Mauá, em Fragoso, Rio de Janeiro. 29 de agosto de 1852. Fonte: https://bit.ly/35TgEIP

No entanto, o progresso teve altos custos para a população Kaingang que foi expulsa de suas terras para que se transformassem em plantações de café e ferrovias. Chacinas eram promovidas por grileiros que invadiam as terras indígenas, destruíam roças e matavam a população. Os indígenas eram reduzidos a obstáculos para a expansão da produção cafeeira e do suposto progresso representado pelas estradas de ferro. 

A importância do ciclo do café para a industrialização e a urbanização do Brasil

Além dos investimentos em infraestrutura, aos poucos os cafeicultores também passaram a aplicar seus lucros na criação de fábricas e no comércio. Na década de 1850, foram fundadas 62 indústrias, 14 bancos, 20 companhias de navegação a vapor e 23 companhias de seguros, além de empresas nos ramos de mineração, transporte urbano e serviço de gás.

Esse primeiro surto de industrialização também foi incentivado pela criação da Tarifa Alves Branco, que estabeleceu altos impostos (de 20% a 60%) sobre produtos importados. Com isso, os produtos nacionais tinham maior potencial de competição no mercado. 

Naturalmente, a industrialização levou ao desenvolvimento das cidades. Os barões do café não queriam mais ficar isolados nas fazendas, mas sim aproveitar as novidades proporcionadas pela urbanização. As famílias desses grandes fazendeiros deram origem à chamada “burguesia do café”. Além disso, imigrantes e populações de outras regiões do país eram atraídos pelos novos empregos na indústria e no comércio dos centros urbanos.  

Por que o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil?
Imagem 4: Rua Libero Badaró, São Paulo, 1911. Fonte: Acervo Fundação Energia e Saneamento

No final do século XIX, o Rio de Janeiro ainda era o principal centro industrial do país, mas a produção de café alterou esse cenário. A cidade de São Paulo saltou de 65 mil habitantes no final do século XIX para 580 mil pessoas em 1920.

Outras cidades também se beneficiaram do ciclo do café. Um exemplo é Santos, que possuía o maior porto de escoamento do café para exportação. De 7 mil habitantes em 1872, a cidade foi para 142 mil em 1935. A economia deslocou de vez o polo econômico do país para o Sudeste e a produção de café continuaria a prosperar até o final da década de 1920. 

Videoaula sobre a economia do Segundo Reinado e o ciclo do café

Para terminar, entenda a importância do ciclo do café para a economia do Segundo Reinado no Brasil assistindo à videoaula com o professor Felipe, de História! Depois, veja a paródia que o professor fez sobre o ciclo do café para você fixar ainda mais esse conteúdo!

Exercícios sobre o ciclo do café

Agora, resolva os exercícios abaixo e verifique se você realmente aprendeu tudo sobre o ciclo do café!

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Por que o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil?

Uma scena franco-brazileira: “franco” — pelo local e os personagens, o local que é Paris e os personagens que são pessôas do povo da grande capital; “brazileira” pelo que ahi se está bebendo: café do Brazil. O Lettreiro diz a verdade apregoando que esse é o melhor de todos os cafés. (Essa página foi desenhada especialmente para A Illustração Brazileira pelo Sr. Tofani, desenhista do Je Sais Tout.) 

A Illustração Brazileira, n. 2, 15 jun. 1909 (adaptado). 

A página do periódico do início do século XX documenta um importante elemento da cultura francesa, que é revelador do papel do Brasil na economia mundial, indicado no seguinte aspecto: 

  • Prestador de serviços gerais.
  • Exportador de bens industriais.
  • Importador de padrões estéticos.
  • Fornecedor de produtos agrícolas.
  • Formador de padrões de consumo.

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  • Pergunta 5 de 10

    5. Pergunta

    (UFRGS/2018)

    Leia o segmento abaixo. 

    Nas primeiras décadas do século XIX, a região Centro-Sul consolidou-se como eixo político-econômico do Brasil. 

    Considerando esse processo histórico, assinale a alternativa correta. 

    • O desenvolvimento da produção açucareira em Cuba, desde fins do século XVIII, foi fator decisivo para a chamada “crise do açúcar” no Brasil e para o direcionamento da economia ao mercado internacional do café.
    • O deslocamento do centro histórico-geográfico do Nordeste para a região Centro-Sul do Brasil teve como principal consequência uma crise econômica, marcada pela diminuição drástica das exportações de café na primeira metade do século XIX.
    • A vinda da família real para o Brasil, em 1808, integrava o projeto de consolidação do Império português na América e foi motivada, sobretudo, pela ameaça de invasão francesa na Bahia.
    • A definição do Rio de Janeiro como centro político do Brasil e a imposição de medidas proibitivas do tráfico transatlântico de escravos tiveram como consequência a redução significativa de desembarques de africanos escravizados na região sudeste do Império.
    • A expansão napoleônica em Portugal teve profundas repercussões no Brasil, caracterizando um processo de distanciamento do império brasileiro em relação à cultura francesa, durante a primeira metade do século XIX.

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  • Pergunta 6 de 10

    6. Pergunta

    (UNIFOR CE/2017)

    O café foi introduzido no Brasil no século XVIII para consumo interno, trazido da Guiana Francesa. Já na segunda década do século XIX o país começa a exportar o produto primeiro como um bem de luxo e depois ligado ao consumo de massa devido ao processo de industrialização e urbanização na Europa e nos Estados Unidos. 

    Sobre a economia e a sociedade cafeeiras pode-se afirmar que: 

    I. Na segunda metade do século XIX o café, que era o principal produto de exportação do Brasil, encontrou condições de produção excepcionalmente favoráveis. 

    II. A expansão da produção de café bem como a proibição da importação de africanos para trabalharem como escravos, estimulou a demanda por mão de obra europeia livre. 

    III. A superprodução de café e o caráter de grande produtor mundial levou o governo dos estados produtores de café a realizar o “Convênio de Taubaté”, política protecionista com o intuito de manipular o mercado. 

    IV. O “Convênio de Taubaté” resolveu definitivamente o problema da superprodução, dado que desestimulou efetivamente o surgimento de novas plantações. 

    V. Uma das características da demanda de café é que ela é extremamente sensível aos aumentos de nível de renda dos países compradores. Então, na medida que estes países cresciam a procura pelo café crescia mais que proporcionalmente. 

    Está correto o que se afirma em: 

    • I, II, IV.
    • I II, V.
    • I, II, III.
    • II, III, V.
    • II, IV, V.

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  • Pergunta 7 de 10

    7. Pergunta

    (UNIFOR CE/2017)

    A formação de um mercado de trabalho livre no Brasil, a partir de meados do século XIX, é considerada por muitos estudiosos como o acontecimento mais importante da história econômica daquele período, pois possibilitou a criação e consolidação de um mercado interno. 

    Sobre o problema da mão de obra no país pode-se afirmar que: 

    • A abolição da escravidão em 1888 em nada contribuiu para o desenvolvimento do mercado interno.
    • As condições de vida dos escravos eram relativamente boas, com a taxa de natalidade superando a taxa de mortalidade.
    • A imigração de europeus para o Brasil no século XIX foi feita na base do regime de trabalho servil.
    • O crescimento da economia cafeeira, especialmente na segunda metade do século XIX, determinou vasta imigração de trabalhadores livres para o Brasil.
    • Durante a segunda metade do século XIX, parte da população escrava foi transferida para o Norte do país devido à economia da borracha.

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  • Pergunta 8 de 10

    8. Pergunta

    (PUCCamp SP/2017)  

    O setor fabril já se fazia notar, não só em São Paulo, como também em Campinas e Piracicaba, produzindo tecidos, chapéus e calçados. As casas de fundição colocavam à disposição serras, bombas, sinos, prensas e ventiladores (…). As narrativas de viagem, gênero de escrita muito apreciado por autores e leitores, registravam dessa nova sociedade as impressões colhidas em trânsito e dispostas em painel. 

    (FERREIRA, Antonio Celso. A epopeia bandeirante. Letrados, 
    instituições e invenção histórica (1870-1940). São Paulo: Editora Unesp, 2002, p. 78-79) 

    As cidades mencionadas, que assistem ao surgimento de pequenas indústrias nas últimas décadas do século XIX, apresentavam em comum 

    • grandes concentrações urbanas provenientes da intensa imigração europeia, que as transformou nas três maiores cidades da região e contribuiu para a instalação de comerciantes e empreendedores responsáveis pelas primeiras indústrias paulistas.
    • oligarquias rurais endinheiradas, que compartilhavam ideais republicanos, abolicionistas, nacionalistas e que investiam parte substantiva de seu capital em indústrias voltadas para seu próprio consumo de artigos de luxo.
    • rápido desenvolvimento econômico proveniente do acúmulo de dividendos gerado pela produção cafeeira baseada no latifúndio e no trabalho escravo, que despontara nessas e em outras cidades do Vale do Paraíba, repercutindo no desenvolvimento fabril.
    • ousados investimentos do empresário Barão de Mauá, que, juntamente com negociantes ingleses, fundou inúmeras indústrias fabris e construiu ferrovias, modernizando a região e garantindo o rápido escoamento da produção.
    • ricos agricultores latifundiários e o acesso facilitado por linhas férreas que se expandiram vigorosamente a partir de 1860, no oeste do Estado, momento em que a região se consolida como polo cafeeiro após o declínio das fazendas situadas no sudoeste do Rio de Janeiro.

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  • Pergunta 9 de 10

    9. Pergunta

    (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/2016)  

    Na segunda metade do século XIX, o Barão de Mauá foi um dos grandes empreendedores da industrialização brasileira. Entretanto foi a partir do século XX, que o processo industrial ganhou impulso no País.  

    Sobre o processo de industrialização brasileira, pode-se afirmar: 

    • O sistema viário sofreu alteração, e ferrovias foram implantadas pelo Barão de Mauá.
    • A indústria de bens de consumo duráveis se consolidou, ficando a produção restrita à Região Sudeste.
    • A crise de 1929 estimulou a produção industrial no país, porque surgiram empreendedores que criaram novas atividades no setor secundário, visando ao mercado externo.
    • O Plano de Metas, criado na Era Vargas, provou que o Brasil se destaca na criação de novas tecnologias e novos métodos de organização do espaço em momentos de crise.
    • A indústria de precisão implantada na Era Vargas foi responsável pela maior revolução no setor secundário, fato que possibilitou o aumento do consumo e expressiva mobilidade social.

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  • Pergunta 10 de 10

    10. Pergunta

    (IFCE/2016)

    Em meados do século XIX, durante o Segundo Reinado, o Brasil vivenciou um grande surto de crescimento industrial. Sobre os fatores responsáveis pelo referido crescimento, considere as proposições a seguir.  

    I. Disponibilidade de capitais oriundos dos lucros obtidos com a exportação do café, principal produto da economia brasileira naquele momento. 

    II. Redução das taxas alfandegárias sobre os produtos importados com as tarifas Alves Branco (1844), o que favoreceu a aquisição das máquinas necessárias ao desenvolvimento industrial. 

    III. Disponibilidade de capitais com a extinção do tráfico negreiro através da Lei Eusébio de Queirós, em 1850. 

    IV. Iniciativas de empresários como Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, principal incentivador das atividades urbano-industriais no país. 

    V. Abundância de mão de obra negra especializada a partir do fim da escravidão, com a Lei Áurea, em 1888. 

    Está correto somente o afirmado em 

    • III, IV e V.
    • I, II e IV.
    • II, III e V.
    • I, III e IV.
    • I, II e III.

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  • Sobre o(a) autor(a):

    Ana Cristina Peron é formada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestranda em História na mesma universidade. Também é redatora do Curso Enem Gratuito e do Blog do Enem.

    Como o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil?

    O Café contribuiu no processo de Industrialização no Brasil ao promover o desenvolvimento econômico, a infraestrutura e a urbanização da região Sudeste, possibilitando a implementação das Indústrias durante a Era Vargas.

    Qual foi a influência do ciclo do café no processo de urbanização brasileiro explique?

    Todo o ciclo do café, assim como as plantações e a maneira como a cafeicultura exerceram a importante atividade na economia nacional, transformaram a região Sudeste na principal produtora de café e fez com que a região atingisse a categoria de principal centro econômico e político do Brasil.

    Como a cultura cafeeira contribuiu para o crescimento populacional e econômico do Brasil?

    :: Graças aos recursos das exportações, que no final do século XIX respondia por cerca de 80% das receitas de nossa balança comercial, importância essa que manteve seu auge até o final da Segunda Guerra Mundial (1938-1945), o café proporcionou a sustentação do aparelho político e administrativo do Regime Republicano, ...