Qual é a influência do relevo nas atividades desenvolvidas no Rio Amazonas?

A Bacia Amazônica é uma das Bacias hidrográficas do Brasil, considerada a maior do país e do mundo.

Recebe esse nome posto que o rio mais importante da Bacia é o Rio Amazonas, que nasce nos Andes Peruanos. Ele é originado pela confluência do rio Solimões e do rio Negro.

Caraterísticas e Importância da Bacia Amazônica

Qual é a influência do relevo nas atividades desenvolvidas no Rio Amazonas?
Região Hidrográfica Amazônica

A Bacia Amazônica possui 7 milhões de Km2 de extensão aproximadamente, no qual cerca de 4 milhões de Km2 estão no território brasileiro (que corresponde a 42% do território nacional).

Além do Brasil, ela abrange diversos países da América Latina: Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname.

Está localizada em grande parte no norte do país e uma porção do centro-oeste, nos estados do Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso.

Por ser a maior bacia hidrográfica do Brasil e do mundo, a Bacia Amazônica possui grande importância ambiental uma vez que detém uma das maiores quantidades de água doce do planeta.

A região abriga a maior Floresta Tropical do mundo, a Floresta Amazônia, a qual apresenta uma rica biodiversidade da fauna e da flora. Possui a maior diversidade de peixes do mundo, com cerca de 3.000 espécies.

O Rio Amazonas é o segundo rio mais extenso do mundo (cerca de 7 mil km de extensão) e o maior em volume de água. É um rio de planície com baixo declividade que possui grande potencial de navegação. O local apresenta mais de 20 mil quilômetros de vias fluviais navegáveis e ainda, o maior potencial de geração de energia hidrelétrica do Brasil.

A navegação no rio é feita por barcos de pequeno, médio e grande porte. Considerada uma atividade econômica essencial da região (transporte de produtos agrícolas, por exemplo), esse fator auxilia na vida das diversas populações ribeirinhas que lá vivem.

Dessa forma, as hidrovias correspondem ao meio de transporte mais importante de deslocamento e comunicação entre as cidades da região.

A região Amazônica apresenta um relevo relativamente plano e o clima equatorial (uma vez que está próximo da Linha Equador), com elevadas temperaturas e alto índice pluviométrico, de forma que apresenta chuvas em quase todos os meses do ano.

De tal maneira, os rios possuem dois períodos: um de cheia e outro menor, de seca (estiagem). Com frequência, a mata do local é inundada sazonalmente pelos rios que a compõem, o qual passa a ser denominado de Mata de Igapó.

Saiba mais nos artigos: Bacia Hidrográfica e Hidrografia do Brasil.

Rios

A região hidrográfica da Amazônica é formada por córregos, restingas, praias, igarapés, matas inundadas, lagos de várzea, dentre outros. Assim, muitos rios caudalosos formam a Bacia Amazônica sendo os principais:

  • Rio Amazonas
  • Rio Negro
  • Rio Solimões
  • Rio Madeira
  • Rio Trombetas
  • Rio Purus
  • Rio Tapajós
  • Rio Branco
  • Rio Javari
  • Rio Juruá
  • Rio Xingu
  • Rio Japurá
  • Rio Iça

Veja também: tudo sobre a Amazônia

O domínio morfoclimático da Amazônia, segundo a classificação dos domínios brasileiros elaborada por Aziz Ab'Saber, abrange o conjunto de características topográficas, pedológicas, climáticas, florestais e hidrológicas da área ocupada pelo bioma amazônico. É reconhecido como o maior dos domínios morfoclimáticos do Brasil, com cerca de cinco milhões de km², e recebe a nomenclatura de terras baixas florestadas equatoriais.

Relevo

O domínio amazônico apresenta formas de relevo predominantemente marcadas por depressões, todas elas relativas, ou seja, consideradas não em relação ao nível do mar, mas em comparação com o relevo circundante, havendo baixos planaltos e planícies fluviais da Bacia Amazônica. Nas áreas mais ao sul de sua área e também mais ao norte são encontrados dois conjuntos de planaltos, o das Guianas e o Central, respectivamente.

O termo “terras baixas” para designar esse domínio morfoclimático faz referência justamente às baixas altitudes e à predominância das depressões, onde a deposição de sedimentos supera o desgaste de suas formas. Nas áreas planálticas, predomina a estrutura geológica dos escudos cristalinos, que apresentam uma elevada riqueza mineral, com exceção dos baixos planaltos, que se formam a partir de bacias sedimentares.

Clima

O clima do domínio amazônico é do tipo equatorial e apresenta médias térmicas anuais que variam de 24ºC a 27ºC. Trata-se de uma composição climática quente e úmida que possui um regime regular e intenso de chuvas o ano todo. Os principais fatores responsáveis por essa configuração são as baixas latitudes, a atuação de algumas massas de ar e a presença de vegetação, responsável pela geração de umidade.

Por causa do ambiente mais úmido produzido pela evapotranspiração da floresta, a amplitude térmica (variação entre a maior e a menor temperatura) é muito reduzida. Por outro lado, o regime de chuvas chega a uma média anual que vai de 1500mm até os 2500mm, havendo alguns pouquíssimos períodos de estiagem. As chuvas predominantes são as de convecção, em virtude da umidade gerada que ascende à atmosfera com o ar quente, onde ocorrem a condensação e a precipitação.

Solos

Os solos da Amazônia são considerados de baixa fertilidade, de forma que a floresta mantém-se em razão do clímax do ecossistema. Existe certo mito de que esse domínio é predominantemente formado por solos arenosos, mas eles compõem apenas 7% do total de sua área. A maior parte dos solos da Amazônia é composta por latossolos e argissolos.

Apesar da baixa produtividade, existem algumas áreas com terrenos muito férteis, como os solos de várzea, que são eventualmente inundados pelos rios, e um solo orgânico bastante produtivo chamado de terra preta.

Hidrografia

Uma das principais riquezas da região amazônica é a sua hidrografia, marcada pelo grande volume de água, que se distribui pelos rios e também pelo aquífero Alter do Chão, situado em áreas de três estados da região Norte e, segundo pesquisas recentes, contando com um volume de água surpreendentemente maior do que o do aquífero Guarani.

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O principal rio da Bacia Amazônica é o Rio Amazonas, que recebe um grande volume de água não só da área terrena da bacia em questão, mas também de uma grande quantidade de afluentes. Entre esses rios, destacam-se o rio Negro, o Trombetas, o Japurá, o Madeira, o Xingu e outros.

A Bacia Amazônica, em conjunto com a Bacia do Tocantins-Araguaia, forma o mais complexo sistema de água doce do mundo, com uma acentuada riqueza hídrica que abrange dois grandes biomas. Os rios dessa região são de excelente navegabilidade e abrigam também usinas hidroelétricas, com destaque para a de Tucuruí, no rio Tocantins, a de Belo Monte (em construção), no rio Xingu, e a de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira.

Vegetação

A floresta amazônica é cientificamente chamada de floresta latifoliada equatorial por se encontrar em uma área de baixas latitudes (equatorial) e por apresentar grupos vegetais com folhas largas e grandes (latifoliada). Ela é composta por uma vegetação heterogênea – com grande diversidade –, densa e perene, ou seja, que não perde suas folhas ao longo do ano em nenhuma estação. Além disso, a vegetação da amazônia é do tipo hidrófila, ou seja, adaptada à abundante presença de água.

As fitofisionomias da floresta amazônica apresentam, ainda, variações que podem ser agrupadas conforme os níveis de proximidade em relação aos cursos d'água. Existem, assim, três tipos principais: as matas de igapó, as matas de várzea e as matas de terra firme.

a) matas de igapó: encontram-se em regiões de rios de planície e em áreas inundadas de forma permanente, com solos alagados. Os principais tipos são a vitória-régia, o açaí, o cururu e outros.

b) matas de várzea: são as que se localizam nas proximidades de rios e ocupam áreas que são eventualmente alagadas. Os exemplos principais são o cacaueiro, a copaíba e a seringueira.

c) matas de terra firme: como o nome sugere, são as árvores que ocupam áreas onde não há inundações fluviais, apresentando um tamanho maior do que as demais e uma maior variabilidade. Destaque para o guaraná, a castanheira e o mogno.

A grande questão atual da floresta amazônica – e, por extensão, do domínio morfoclimático da Amazônia – faz-se com relação à ocupação humana em suas áreas. Atividades agropecuárias extensivas e a mineração ameaçam boa parte de sua formação, colocando em risco a existência da própria floresta, que hoje conta com 83% de sua área original.

Qual a influência do relevo nas atividades desenvolvidas no rio Amazonas?

O relevo é fator que impacta diretamente nos tipos de atividades desenvolvidas num determinado território. Nas áreas planas do Rio Amazonas, por exemplo, desenvolve-se de forma mais intensa o tráfego de navios, uma vez que a regularidade desse tipo de relevo não compromete a navegação de embarcações no local.

Quais são as principais influências de relevo em relação aos rios?

Resposta: o relevo recebe interferência das águas de rios e também do mar. A erosão fluvial é o nome dado à atuação das águas dos rios no processo de modelagem do relevo. Isso acontece, em geral, quando o rio é de planalto, dessa forma as águas se deslocam dos pontos mais altos em direção aos mais baixos.

Qual é o tipo de relevo do rio Amazonas?

O relevo do Amazonas é quase todo formado por áreas de planícies fluviais, com altitudes médias de 100 metros. Há também a presença de planaltos no norte do estado, com o planalto das Guianas, onde se encontra o pico mais elevado do Brasil, o pico da Neblina, com altitude máxima de 3.996 metros.

Quais as formas de relevo que predominam no estado do Amazonas?

Na Amazônia são encontradas três principais formas de relevo: planícies, representadas pelas áreas inundadas pelos rios; planaltos, representados pelas regiões de serras; e depressões, como a região das depressões norte e sul amazônicas.