Bolsa Atleta está presente em 94% de todas as conquistas de medalhas por atletas brasileiros Show
Publicado em 06/09/2021 17h35 Atualizado em 31/10/2022 14h23 Ao conquistar a última medalha do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, uma prata, o maratonista Alex Douglas encerrou a melhor campanha do país em paralimpíadas. Os atletas brasileiros alcançaram 72 medalhas. Dessas, 68 foram de integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal. Um deles é Alex Douglas, que tem o Bolsa Pódio, a principal categoria do programa. O Brasil ainda teve recorde de ouros, com 22 medalhas, superando as 21 dos jogos de Londres 2012, além de 20 pratas e 30 bronzes. O país encerrou os jogos na sétima colocação do ranking mundial. Foi em Tóquio que o Brasil chegou a sua 100ª medalha de ouro na história dos Jogos Paralímpicos. “O Programa Bolsa Atleta é fundamental para o desenvolvimento do esporte brasileiro. Se não fosse pelo Bolsa Atleta, os resultados seriam outros. O Bolsa Atleta tem uma importância muito grande para o que estamos vendo hoje e no que vimos em campeonatos anteriores porque é ele que oferece condições para que o atleta possa se desenvolver”, disse o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado. Das 22 medalhas de ouro obtidas, 20 delas foram alcançadas por esportistas do Bolsa Atleta, sendo 18 de integrantes da categoria Pódio. E das 20 medalhas de prata, 18 são de integrantes do Bolsa Atleta, assim como 100% dos 30 bronzes obtidos. “O Bolsa Pódio faz muita diferença, ainda mais nesse ciclo que tivemos a pandemia, com tanta incerteza, com tanta coisa reduzida. Então, sou muito grata ao programa por não ter parado e dado essa estrutura para a gente chegar até aqui”, disse Alana Maldonado, medalha de ouro no judô na categoria até 70 quilos da classe B2, que recebe o Bolsa Pódio. Em número total de pódios, os 72 de Tóquio igualaram a marca alcançada no Rio 2016. As medalhas foram obtidas em 14 modalidades das 20 em que o Brasil teve atletas inscritos. Natação e atletismo em destaqueO atletismo foi a modalidade que mais garantiu medalhas ao Brasil em Tóquio. Foram 28, sendo 8 de ouro, 9 de prata e 11 de bronze. A natação obteve o seu melhor desempenho em toda a história dos jogos, com 23 medalhas, 8 delas de ouro, 5 de prata e 10 de bronze. No atletismo, 65 esportistas estiveram na disputa por medalhas nos Jogos Paralímpicos. Desses, 64 fazem parte do Bolsa Atleta. E responde pelo maior repasse no ciclo Rio-Tóquio, com R$ 30,9 milhões. Dos 36 convocados para a seleção brasileira de natação paralímpica em Tóquio, 32 são contemplados pelo Bolsa Atleta. O investimento nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$ 12,9 milhões. Dos 32 bolsistas, 29 integram a categoria Pódio, a principal do programa. A nadadora Carol Santiago, da classe S12, foi o grande nome brasileiro no Centro Aquático de Tóquio com cinco medalhas. Integrante do Bolsa Pódio, ela garantiu quatro medalhas individuais, três de ouro e uma de bronze, e uma prata no revezamento 4x100m. Resultados inéditosOs Jogos de Tóquio trouxeram resultados nunca antes alcançados. A judoca Alana Maldonado, de 26 anos, recebe o Bolsa Pódio e foi a primeira mulher brasileira da modalidade a subir no lugar mais alto do pódio em uma edição de Jogos Paralímpicos. Outro resultado inédito foi o primeiro ouro da história do halterofilismo em paralimpíadas. A responsável pelo feito foi a integrante do Bolsa Pódio, Mariana D’Andrea, que levantou 137 kg na disputa entre atletas da categoria até 73kg. Mais um deles foi a primeira medalha do Brasil da história do parataekwondo em Jogos Paralímpicos. E foi um ouro com Nathan Torquato, da classe K44 até 61kg, atleta que integra o Bolsa Pódio. Bolsa AtletaTambém garantiram medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio a atleta mais jovem que integra o Bolsa Atleta, Jardênia Barbosa, de 17 anos, e a atleta mais experiente contemplada pelo programa, Beth Gomes, de 56 anos. Jardênia está na segunda bolsa do programa e conquistou a medalha de bronze no atletismo, nos 400m da classe T20. Já Beth, do atletismo, recebe o Bolsa Atleta desde 2007 e obteve a medalha de ouro no lançamento de disco da classe F53. Investimento no esporteO Brasil competiu em Tóquio com a maior delegação em Jogos Paralímpicos no exterior. Foram 259 atletas, incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro. Desse total, 236 são atletas titulares, dos quais 226 (95,7%) integram o Bolsa Atleta. A delegação brasileira viajou ao Japão respaldada por um investimento de R$ 117 milhões do Governo Federal via Bolsa Atleta. Esse é o valor repassado historicamente, desde 2005, aos 226 esportistas do grupo que integram o programa. Só no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, são R$ 75 milhões investidos diretamente nos integrantes do elenco nacional. Em 15 das 20 modalidades em que o Brasil teve representantes, 100% dos atletas integram o programa. Ouro Futebol de 5 masculino Goalball masculino Atletismo Alterofilismo Canoagem Judô Natação Taekwondo Prata Atletismo
Hipismo Natação Tênis de Mesa
Vôlei sentado feminino Atletismo Bocha Judô Natação
Tênis de mesa Taekwondo Qual o número de atletas participaram da primeira Paraolimpíada?Esse evento contou com 400 atletas de 23 países e é considerado o primeiro Jogos Paralímpicos da história. Em 1964, a competição também foi realizada na cidade-sede da Olimpíadas, que naquele ano era Tóquio.
Quantos atletas participaram dos Jogos Paraolímpicos?Mais de 4.000 atletas estão competindo em 22 esportes nas mesmas instalações olímpicas em toda a cidade. Mais de 750 medalhas já foram conquistadas.
Quem foram os primeiros participantes dos Jogos Paraolímpicos?A primeira delegação paralímpica foi a Heidelberg (1972, Alemanha), ano em que os jogos foram apenas para cadeirantes. Mas o país não conquistou medalhas. Nos Jogos de Toronto (1976, Canadá) participaram também pessoas amputadas e deficientes visuais.
Qual foi a primeira competição paralímpica?Realizados pela primeira vez em 1960 em Roma, Itália, têm sua origem em Stoke Mandeville, na Inglaterra, onde ocorreram as primeiras competições esportivas para deficientes físicos, como forma de reabilitar militares feridos na Segunda Guerra Mundial.
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