Qual tratamento deve ser dado aos diversos tipos de resíduos produzidos no laboratório?

Manter uma gestão de resíduos químicos eficiente e segura é essencial para todos os laboratórios. Por conter uma infinidade de substâncias extremamente diferentes e que podem apresentar reações perigosas, o ambiente laboratorial necessita de um cuidado amplamente redobrado com o descarte residual produzido diariamente. 

Para evitar problemas maiores, deve ser instaurada uma rotina correta de segregação, acondicionamento e destinação desses elementos. 

Pensando nisso, listamos nesse artigo dicas essenciais para você entender a importância de um tratamento seguro de resíduos em laboratórios.

 O que são resíduos de laboratórios?

Em suma, os resíduos de laboratório são provenientes de uma mistura de substâncias químicas que podem ser danosas tanto para os organismos vivos quanto para o meio ambiente em geral. 

O descarte realizado de maneira errada e irresponsável pelo laboratório pode trazer impactos perigosos e até mesmo irreversíveis para quem tiver contato direto com as substâncias.

Por toda essa questão da periculosidade dos resíduos de laboratório, é essencial que seja realizado um processo de destinação responsável e sério.

Segregação

O primeiro passo do processo de destinação de resíduos é separar devidamente cada substância de modo que não se misturem ou confundam umas com as outras.

 Para realizar essa segregação, deve ser levado em consideração alguns fatores específicos como as propriedades físicas, biológicas e químicas de cada substância. Todas devem se manter separadas. 

 Além das propriedades, outras características vide o estado físico (resíduos sólidos e líquidos não podem se manter juntos) e possíveis futuras utilizações também precisam ser observadas. 

 Acondicionamento dos resíduos

Nessa etapa, os resíduos de laboratório que já passaram pela fase de segregação devem ser mantidos e acondicionados em recipientes compatíveis quimicamente com a substância em questão. 

Esses recipientes precisam ser muito bem tapados e contar com a descrição de cada substância que está acondicionando, além de inscrições “resíduo perigoso“ no rótulo. 

Ademais, é de suma importância também se atentar no local em que os recipientes serão guardados. Priorize sempre os locais mais altos e que não sejam suscetíveis a eventuais e indesejados acidentes como quedas, por exemplo.

Destinação final

Após as duas fases iniciais do tratamento, a de segregação e acondicionamento, o processo de destinação final já pode acontecer de maneira mais segura. 

Existem algumas substâncias que podem ser reaproveitadas de outras maneiras e recuperadas para usos diferentes. 

No entanto, na grande parte dos casos, por serem resíduos que contém substâncias químicas e representam perigo, eles devem ser enviados para um aterro licenciado.

 Nesse presente cenário, a melhor atitude a se fazer é recorrer a uma empresa especializada e que possua uma expertise de atuação na área de resíduos e destinação. Dessa forma, o trabalho será realizado de uma forma profissional por quem sabe exatamente o que está fazendo.

A Pró-Ambiental tem todos os atributos necessários para realizar esse processo com você de maneira segura e sem danos ao meio ambiente.

Temos 15 anos de trabalho de qualidade e excelência no mercado, sendo uma referência na área de tratamento, transporte e destinação final de resíduos.

Como instituído no inciso XVI do artigo 3º na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), resíduos sólidos possuem a seguinte definição: “Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.”

Resíduos com risco químico se enquadram nesta definição e são classificados pela ANVISA, por meio da Resolução da Diretoria Colegiada 222/2018, como Resíduos de Serviço da Saúde (RSS) do grupo B. Estes resíduos contêm substâncias químicas que conferem risco à saúde pública ou ao meio ambiente dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Na Universidade Federal de Santa Catarina são gerados, além de resíduos do grupo B, resíduos perfurocortantes (grupo E) contaminados com resíduos do grupo B. Quanto à periculosidade destes resíduos, a Norma Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 10004 (ABNT, 2004a) também classifica os resíduos sólidos, em relação aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. Assim, são divididos em resíduos Classe I – Perigosos; e resíduos Classe II – Não perigosos, sendo estes subdivididos em resíduos Classe II A – Não inertes e Classe II B – Inertes.

Nos Campi da universidade, estes resíduos são gerados em sua maioria nos diversos laboratórios de ensino, pesquisa e extensão em atividade. E a universidade possui inteira responsabilidade pelo gerenciamento destes, assim sendo, cabe ao gerador de resíduo atuar como dispõe as diretrizes aplicáveis aos resíduos sólidos da PNRS lei nº 12.305:2010-Art. 9, devendo observar a seguinte ordem de prioridade na gestão e gerenciamento dos resíduos:

1. Não geração

2. Redução

3. Reutilização

4. Reciclagem

5. Tratamento

6. Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos

A intenção de não gerar, reduzir, reutilizar e reciclar o resíduo gerado pode ser contempladas através de iniciativas individuais de cada laboratório e gerador de resíduo, porém para gerenciamento dos resíduos adequado, os itens que abordam o tratamento e a disposição final ambientalmente adequada dos resíduos perigosos, a Gestão de Resíduos, da Coordenadoria de Gestão Ambiental, disponibiliza um sistema de coleta de resíduos químicos perigosos através da contratação de empresa especializada para coleta, transporte, tratamento e disposição final por meio do Contrato nº 160/2020.

Para que se realize o adequado gerenciamento destes resíduos (armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final), é necessário que os geradores se integrem ao sistema de coleta da Gestão de Resíduos, conforme divulgação do Memorando Circular MEM C 6 -RES-CGA-2019 – Informações sobre a coleta de resíduos perigosos – Infectantes e Químicos.

Procedimento para regularização do laboratório e demais geradores ao sistema de coleta

No caso do laboratório ou setor possuir resíduos que apresentam riscos químicos, o mesmo deverá primeiramente realizar o cadastramento no sistema de coleta da UFSC, e posteriormente realizar a solicitação de coleta de resíduos químicos.

É de extrema importância que os resíduos encaminhados para a coleta estejam de acordo com as instruções sugeridas para acondicionamento e descarte.

O modelo atual de coleta da Universidade Federal de Santa Catarina é realizado por meio de empresa terceirizada, a PROACTIVA.

Quais são os tipos de tratamento dos resíduos?

As tecnologias para tratamento de resíduos sólidos mais utilizadas pode ser separado em 3 grupos: tratamento mecânico; tratamento bioquímico; e tratamento térmico. Geralmente todos os bens de consumo são resíduos sólidos em potencial.

Qual o procedimento adequado para fazer o descarte de resíduos no laboratório de química?

RESÍDUOS QUÍMICOS Reagentes sólidos devem ser descartados em sacos plásticos brancos; Medicamentos devem ser descartados em sacos plásticos brancos. Deve-se ter o cuidado de separar todas as embalagens descartáveis no lixo comum (papelão, plástico, metal), descartando apenas blister, cápsulas, líquidos, etc.

Como tratar e como descartar os resíduos rejeitos dos experimentos?

A adequada disposição final de rejeitos perigosos pode ser feita por meio de incineração, co-processa- mento ou envio a aterros industriais [Classe 1 – NBR 10004 da ABNT (2004) e Resolução Nº 358/2005 do Conama (BRASIL, 2005b)]. Entretan- to, isso geralmente tem custo elevado.

Como devemos tratar os resíduos sólidos?

Os tipos de tratamento mais comum são: reciclagem, biodigestores, compostagem, aterro sanitário e incineração. O transporte dos resíduos sólidos só pode ser feito por uma empresa cujo licenciamento ambiental prevê este tipo de atividade e que apresente regularidade mediante as todas as exigências legais.