Quem foi vitorioso na Guerra do Paraguai?

"Temos que assegurar a fronteira, não mais ignorando uma crise de segurança e soberania", observou, reiterando a expectativa de aprovar iniciativas legislativas para enfrentar "a fronteira sul aberta"

McCarthy destacou também dois "desafios a longo prazo": a dívida nacional e a ascensão do Partido Comunista Chinês. "O Congresso deve falar a uma só voz sobre estas duas questões", disse. Ele pretende criar um comitê bipartidário sobre a China para investigar como trazer de volta aos EUA "centenas de milhares de empregos deslocados".

Embora tenha manifestado vontade de "trabalhar com todos", o dirigente republicano aludiu ao trabalho do comitê legislativo requerido pelos democratas para investigar a invasão do Capitólio de 6 de janeiro de 2021, e em especial o papel do ex-presidente Donald Trump. "Acabaram-se as investigações unilaterais, as ideias concorrentes serão testadas perante o público para que ganhem as melhores", advertiu McCarthy.

Mais longo impasse em 160 anos

Após quatro dias de caos político nos EUA, todos os membros da Câmara dos Representantes, prestaram juramento já na madrugada da eleição. Contudo ainda não aprovaram as regras que regerão o funcionamento da câmara baixa, tendo suspendido a sessão até segunda-feira.

O presidente da Câmara (speaker ou orador) é a terceira maior autoridade dos Estados Unidos, depois do presidente e da vice-presidente, que também preside ao Senado. Elegê-lo é normalmente tarefa fácil para um partido como o Republicano, que acaba de conquistar o controle da casa, embora com maioria extremamente apertada.

Desta vez, porém, no mais longo impasse em mais de 160 anos, cerca de 200 republicanos foram barrados por outros 20 colegas, para quem McCarthy não é suficientemente conservador, e que só aquiesceram em elegê-lo após ter todas as suas exigências atendidas.

A única votação mais longa na história da Câmara foi em 1860, após a Guerra Civil, quando os deputados só chegaram a um consenso após dois meses e 44 votações.

A história do tenente Marcolino José Dias, um escravo liberto filho de negros africanos, ajuda a entender o impacto da Guerra do Paraguai (1865-1870) na política racial brasileira. Na época, o Brasil era a maior sociedade escravista nas Américas, com cerca de 1,5 milhão de homens e mulheres escravizados — mas pelo menos 4 milhões de afrodescendentes livres ou libertos viviam no país e constituíam 40% da população total, de 10 milhões de habitantes.

Marcolino se alistou no Regimento dos Zuavos Baianos, composto apenas de negros, após uma mobilização do governo baiano que na época não parecia alinhada às normas do Exército, que desde 1837 havia abolido a exclusão de “homens pretos” de suas fileiras e rejeitado o tratamento de soldados de acordo com a cor da pele.

O nome do regimento era uma referência aos soldados franceses de infantaria que serviam na Argélia e em outros territórios árabes, nos séculos 19 e 20. A farda também copiava os zuavos franceses: bombachas vermelhas, colete azul bordado e pequeno boné

Onze companhias de zuavos, com um efetivo total de 638 homens, embarcaram na Bahia em março de 1865 para o Rio de Janeiro e, na sequência, para os campos de batalha. Marcolino liderava uma companhia com 85 soldados sob seu comando. Já promovido a capitão, participou de vários combates, como o cerco a Uruguaiana e a Batalha do Tuiuti.

Mas teve grande destaque na Batalha do Curuzu, em setembro de 1866, na tomada do forte paraguaio do mesmo nome. Mesmo ferido, Marcolino subiu a muralha inimiga por sobre as costas de um de seus soldados, retirou uma bandeira paraguaia, hasteou o pavilhão verde-amarelo no seu lugar e, segundo o historiador baiano Manoel Querino, anunciou: “Está aqui o negro zuavo baiano!”. Ficou de posse do troféu de guerra e só entregou a bandeira paraguaia ao comandante do Exército na batalha.

Marcolino foi mencionado pelo Comandante-Geral das Forças Brasileiras, general Osório, como o “Herói Negro” e sua coragem, registrada na imprensa do Rio de Janeiro e de Salvador – onde teve recepção heroica na volta para casa, em 1867, passando a ser tratado como uma figura popular.

Mas, depois da guerra, havia pouco espaço para os veteranos negros serem recompensados, permanecendo marginalizados pela sociedade. Marcolino, apesar da fama, conseguiu apenas um emprego de porteiro de uma biblioteca pública. Anos mais tarde, Marcolino e outros veteranos do batalhão dos zuavos participaram ativamente da campanha abolicionista até sua morte, em 1888. Devido a sua inimizade com o movimento republicano, que seria vitorioso no ano seguinte, Marcolino José Dias foi praticamente esquecido pela historiografia militar brasileira.

Um dos episódios da História do Brasil que gerou importantes repercussões nas mudanças do Estado brasileiro foi a Guerra do Paraguai (1864-1970). O fortalecimento do Exército enquanto instituição nacional, com poder político, e a destruição do Estado paraguaio foram consequências de longo prazo decorrentes dessa guerra travada por Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai, à época governado por Solano Lopes.

A importância do evento proporciona ao professor de História uma oportunidade de discutir a organização econômica e social do Paraguai sob o governo de Solano Lopez, o fim do regime Imperial no Brasil e o fortalecimento do exército brasileiro enquanto instituição que iria posteriormente estar no centro das mudanças verificadas no Estado brasileiro.

A proposta de abordagem do tema pode ser realizada em quatro aulas. Na primeira, o professor apresentaria a situação política e econômica do Paraguai após a independência, focalizando a apresentação nas políticas de desenvolvimento econômico independente dos três governos ditatoriais paraguaios até 1864, principalmente nas ações da reforma agrária, na exportação dos excedentes da produção agrícola e na importação de maquinário e contratação de técnicos para fomentar uma incipiente indústria no país. No plano social, é de se destacar a adoção do ensino primário obrigatório em solo paraguaio, situação rara nas nações sul-americanas do período. Uma forma de avaliação dessa aula pode ser conseguida com a elaboração de um quadro comparativo entre o contexto socioeconômico brasileiro e paraguaio.

Na segunda e terceira aulas, o foco será a atuação do exército brasileiro a partir da guerra. Inicialmente podem ser tratados os esforços econômicos e institucionais para o fortalecimento do exército do Brasil para enfrentar o forte e bem treinado exército de Lopez. A vitória alcançada pelo exército brasileiro iria colocá-lo como uma força política importante no fim do Segundo Reinado, contribuindo para a difusão dos posicionamentos republicanos e realizando, por fim, o golpe de Estado que iria inaugurar a República no Brasil. Pedir para que os alunos pesquisem sobre algumas figuras tratadas como heróis do exército do Brasil, como o Duque de Caxias e a trajetória do Marechal Deodoro da Fonseca, irá auxiliar no acesso aos conteúdos referentes ao papel do exército nesse período final do Império brasileiro.

Apresentando essa situação, o professor pode avançar, em um segundo momento, sobre as ações do exército brasileiro durante o período republicano. A apresentação dos inúmeros golpes e tentativas de golpes permitirá indicar a constante presença das forças armadas na condução das instituições políticas do Brasil, possibilitando debater essa presença e o caráter autoritário que moldou o aparelho de Estado brasileiro. Uma forma de avaliar é através de uma relação a ser feita pelos alunos com todos, ou a maior parte, dos momentos de interferência do exército na vida política nacional. Essa avaliação permitirá apresentar a constante participação militar nesse aspecto da vida nacional.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Por fim, uma última aula com imagens da Guerra do Paraguai ou outros elementos iconográficos sobre o conflito que permitem apresentar diferentes visões sobre o conflito. Abaixo segue algumas sugestões de imagens para serem trabalhadas:

Quem foi vitorioso na Guerra do Paraguai?

Gravura de volta do Paraguai de Ângelo Agostini (1843-1910), retratando a contradição da luta dos negros na guerra

Quem foi vitorioso na Guerra do Paraguai?

Imagem da revista Semana Ilustrada, representando o embarque da Guarda Nacional, em 1865, expressando o caráter nacionalista do ato

Quem foi vitorioso na Guerra do Paraguai?

O Conde D’Eu, genro de D. Pedro II, com as mãos na cintura, em foto com oficiais do exército durante a Guerra do Paraguai

Quem foi vitorioso na Guerra do Paraguai?

Charge de Henrique Fleiuss (1824-1882) retratando o imperador na busca de unidade política para a Batalha de Humaitá

Quem foi vitorioso na Guerra do Paraguai?

O Duque de Caxias retratado por Victor Meirelles (1832-1903)

Quem foi vitorioso na Guerra do Paraguai?

Tela Batalha de Campo Grande, de Pedro Américo (1843-1903). Perceba a retratação dos paraguaios como indígenas e os brasileiros como civilizados.**

––––––––––––––––––––––––––

* Crédito da Imagem: Portal Guarani

** Crédito da Imagem: Museu Imperial


Por Tales Pinto
Mestre em História

Quem venceu a guerra contra Paraguai?

A Guerra do Paraguai, porém, foi o mais longo e violento. Começou em 1864 e terminou em 1870, com a derrota do Paraguai para os países que formaram a chamada Tríplice Aliança: o Brasil, a Argentina e o Uruguai.

Quem venceu a batalha de Humaitá na Guerra do Paraguai?

Cerco de Humaitá
Guerra do Paraguai
Desfecho
Vitória dos aliados
Beligerantes
Paraguai Império do Brasil Argentina
Cerco de Humaitá – Wikipédia, a enciclopédia livrept.wikipedia.org › wiki › Cerco_de_Humaitánull

Quem se destacou na Guerra do Paraguai?

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito que aconteceu na América do Sul e estendeu-se de 1864 a 1870. Durante esse conflito, Brasil, Argentina e Uruguai, reunidos na Tríplice Aliança, lutaram contra o Paraguai, liderado por Francisco Solano López.

Quem foram os heróis da Guerra do Paraguai?

O Almirante Barroso se destacou especialmente na Guerra do Paraguai, enquanto Tamandaré realizou inúmeros feitos. Foi um herói de vida inteira, sendo que aos dezoito anos já se destacava nos combates. O Almirante Bittencourt conta um deles, que aconteceu nas Guerra Cisplatina.